sexta-feira, 6 de abril de 2012

Tenente Cascavel

No último dia 4, quem “aterrissou” em Blumenau/SC foi o pessoal do Tenente Cascavel, onde fizeram um baita show no Ahoy! Tavern Club. 
Pra quem não sabe, o Tenente Cascavel nada mais é do que a junção dos ex-integrantes das bandas TNT e Cascavelletes, duas das principais bandas de rock do Rio Grande do Sul. 
O show foi energético, e eles colocaram todo mundo pra pular, cantar e reviver os grandes sucessos das duas bandas. 



Depois do show, a gente bateu um papo com a banda: 

Holograma Musical: Como surgiu a ideia de juntar as duas bandas?
Luciano Albo: Em 1999, eu tive essa feliz ideia de convidar parceiros, ai eu falei com o Tchê, o Márcio na época, com Barea, com o Frank Jorge e com o Charles Master. A gente fez dois ensaios e aí um não foi no primeiro ensaio e aí a ideia mixou, em 99. Em 2008 eu, o Tchê, e o Barea nos reunimos e dissemos "vamos tentar fazer de novo agora?" todo mundo em outros ritmos de vida e coisa e tal, e aí resolvemos chamar também as pessoas que já estavam com mais afinidade pessoal depois de muitas coisas que aconteceram, tem muita briga daqui, muita briga dali. O TNT já tinha voltado, já tinha tocado. Então a gente conseguiu fazer essa primeira formação com o Tchê, e o Márcio Petracco do TNT, eu, o Alexandre Barea e o Frank Jorge dos Cascavelletes e assim nasceu o Tenente Cascavel em 2008.
Em 2010 o Frank "pediu as contas", queria fazer outras coisas, em seguidinha o Barea saiu. O Paulo Arcari baterista do TNT que gravou o disco Noite Vem, Noite Vai de 1990 e já tinha feito vários shows substituindo o Alexandre Barea, o Paulo é nosso amigo também. A gente trabalha sempre junto, na verdade quando tu olha pra essa máfia aqui, não é só isso, a gente faz muito mais coisas juntos, a gente ta sempre com alguma atividade musical, o Paulo tem um estúdio, eu sou produtor. Com esses 20 e tantos anos a gente já fez muitas outras coisas onde estavam 2 juntos, 3 juntos, então por isso que tem essa liga de a gente ter juntado esse time pra tocar e ter essa afinidade. E foi uma coisa bem natural.

HM: O nome da banda tem referencia ao TNT e ao Cascavelletes, além disso, tem mais algum motivo pra ter chego nesse nome? 
Tchê Gomes: Na verdade no TNT a gente meio que se apelidava assim: ah quando é que os tenente tem show? por exemplo. Entre nós, um apelido interno, e a gente usou esse apelido pra compor esse nome. 
LA: Nessa tentativa de 1999 já tinha esse nome. 

HM: Como banda, qual o sonho de vocês? 
TG: Acabar a banda de uma vez por todas (risos). 
LA: A gente quer abrir pro Paul McCartney. 
TG: Eu acho assim, pra mim, acho um pouco além a coisa de ter banda, eu to com amigos meus e tocando um repertorio que a gente tem propriedade. E aí o seguinte, eu já tive outras expectativas em outros tempos, eu não tenho muita expectativa, eu acho legal porque é um grupo que é autossustentável no sentido que o nosso propósito é de tocar as musicas do TNT e dos Cascavelletes, é o necessário, então se eventualmente a gente tiver que gravar alguma música própria a gente trabalha um pouquinho, concentra, e faz alguma coisa. Mas não temos grandes ambições não. A gente tem um projeto de gravar um DVD ao vivo, registrando esse show. Que é um projeto pro segundo semestre do ano que vem. Isso é um fato, mas a gente ainda ta estudando as possibilidades pra ver se realmente a gente vai ter essa forma de tocar todo esse repertório de músicas conhecidas, mas é um projeto, é um fato.

HM: Como foi o "retorno" de vocês aos palcos? 
TG: Bah, hoje meu retorno tava um bosta. (risos) 
LA: Em 99? Na verdade a gente nem tocou... Mas a estreia da banda em Porto Alegre em 2008 foi um sucesso. A gente lotou o Bar Opinião com quase de 2 mil pessoas. E a grande maioria dos shows que a gente faz sempre tem um público muito bom. Não é sempre que a gente toca quarta-feira (risos).

HM: O que podemos esperar do Tenente Cascavel no futuro? 
TG: Bah, que pergunta... Cara eu não sei. Eu sei que amanhã a gente vai tocar em outro lugar, em outra casa noturna em Florianópolis. O ano recém começou pra nós, o futuro pra nós é isso, é o dia de amanhã, são as ideias que aparecem no meio dessas viagens que a gente faz que algumas delas a gente aproveita, outras não. 
LA: Ninguém sabia em 2008 quanto tempo esse projeto poderia durar. Tinha gente que tava tocando junto que disse: tá a gente vai tocar um ano e deu acabou o assunto. A gente já vai ter tocado em todos os lugares que querem nos ver e nós vamos estar de saco cheio um do outro. Passou 4 anos, a gente ainda tá tocando, se diverte, ganha dinheiro, a gente trabalha com isso, a gente cai na estrada pra se divertir, pra ganhar dinheiro pra pagar as contas, e é isso. Quanto tempo nós vamos ficar tocando mais? Não sei. Talvez dure mais 4, mais 16 anos, quem sabe né, os velhinho com 66 tocando... 

(foto depois da entrevista)


Queremos agradecer primeiramente ao Luciano Albo, pela ajuda para que a entrevista pudesse ser feita, e claro, aos outros guris da banda, Tchê, Paulo e Márcio, o nosso muito obrigado e votos de muito sucesso! 


Para quem não conhece a banda, vale a pena conferir!

   

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